A história do amor impossível de Beren e Lúthien, escrita por J.R.R. Tolkien há 99 anos, vai ser publicada pela primeira vez de forma independente em maio do próximo ano, na data do décimo aniversário da publicação de Os Filhos de Húrin, pela editora HarperCollins.
A história de amor de Beren e Lúthien, escrita por J.R.R. Tolkien na década de 1910 e nunca publicada de forma independente, será editada no decorrer do próximo ano pela HarperCollins.
Escrito em 1917 depois da Batalha de Somme, na qual Tolkien participou, o conto segue a história do mortal Beren e da elfo Lúthien. Contrário à união dos dois, o pai de Lúthien decide atribuir uma tarefa impossível a Beren que deve completar para que possa casar com a sua amada — roubar “o maior de todos os seres malvados, Melkor, conhecido por Morgoth”.
A história tornou-se, de acordo com a HarperCollins, num “elemento essencial na evolução” de O Silmarillion, a monumental obra de Tolkien sobre a Terra Média. Silmarillion foi o primeiro e o último livro em que o autor trabalhou. A obra precede inclusive O Hobbit, sendo que os primeiros rascunhos remontam a 1914. É um dos muitos textos de Tolkien onde o conto de Beren e Lúthien é referido.
O livro que será editado em 2017 é uma tentativa de Christopher Tolkien, filho e responsável pela edição da obra do autor de O Senhor dos Anéis, “extrair a história de Beren e Lúthien de um trabalho extenso em que foi incluída”. Além da versão original, esta edição irá incluir passagens em prosa e verso retiradas de textos mais tardios, que ajudam a ilustrar a forma como a narrativa foi evoluindo ao longo dos anos ao mesmo tempo que Silmarillion ia sendo construído.
Esta a primeira vez que estes textos são publicados em conjunto, revelando “aspetos da história, tanto na criação como no imediatismo da narrativa, que foram perdidos depois”, afirmou a editora. O livro contará ainda com ilustrações da autoria de Alan Lee.
Mas a importância da história não fica por aqui. O conto era tão importante para Tolkien que o escritor mandou gravar o nome da elfo na campa da mulher, Edith, no cemitério de Wolvercote, em Oxford. Quando o autor morreu, passados apenas dois anos, em 1973, o seu corpo foi sepultado no mesmo local. Na lápide que partilha com Edith foi acrescentado um nome: Beren.
Fonte: Observador
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