Se você ainda não jogou Shadow of Mordor, game lançado no final do ano passado, veja aqui vários motivos para que você não adie mais essa aventura.
Protagonista de Shadow Of Mordor |
Às vezes é inevitável ficar com o pé atrás quando games são baseados em um livro ou HQ. Mesmo que eles não estejam diretamente ligados às obras. O motivo é que, muitas vezes, são pequenos caças níqueis em forma de jogos. Alguém que já viu alguns jogos de Nárnia e até de Senhor dos Anéis sabe do que estou falando. Achei até para Android uma versão de O Hobbit que quase travou o meu Samsung Galaxy. Então, já devem imaginar como me senti pelo anúncio de um jogo baseado no mundo tolkieniano… Mas algo me fez ter certo alívio!
Quando se abre o jogo já vejo um logo deveras confiável. Warner Bros Games. Isso me tranquilizou até. O motivo é bem claro. No final comento sobre ele.
Lembrando que a história se passa, cronologicamente, entre a história de O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Mas funciona mais como um bom “spin-off” não seguindo a linha dos textos de Tolkien. Ainda assim, as referências que existem no jogo às duas obras são claras e óbvias, sem falhas.
Senta que lá vem história. Lógico, já que estamos falando de uma linda obra. E não falo só por ser um jogo com boa mecânica. Você joga como Talion, um guardião de Gondor. Era o responsável que vigiava o Portão Negro de Mordor. Eis que um dia, em um ataque furioso de forças a serviço de Sauron, ele e sua família são mortos, (Quem leva a família pra morar em um lugar tão perigoso?) assim como os homens a seu serviço. E eis que ele é ressuscitado. Com essa ressurreição, poderes espectrais surgem. E ele, então, descobre que ao morrer e retornar, alguém veio com ele, em seu corpo: Celebrimbor. Ambos buscam vingança pelo que lhes aconteceu apesar do segundo não se lembrar do que aconteceu exatamente. Só que no decorrer do jogo ele acaba descobrindo o que ocorreu antigamente. O que faz você alternar entre elfo e humano. Caçando, em especial, o Mão Negra de Sauron, o principal culpado pela morte do gondoriano.
Pensei até em falar sobre Celebrimbor, mas vai que o leitor desse texto ainda não conhece certos aspectos da obra do mestre Tolkien. Talvez fique mais como uma surpresa para quem caçar os livros corretos ou jogar Shadow of Mordor.
Muitos poderes são liberados no decorrer do jogo. Dois que já lhe auxiliam logo de começo são: o foco – fazendo o mirar com precisão nos inimigos -, e a visão espectral, podendo enxergar alvos em locais escondidos ou cobertos. Existem comandos de ataque, contra-ataque, pulo e esquiva, além do uso de arco. Além de haver o agarrão. E é nesse ponto que Shadow of Mordor difere dos outros jogos.
Feito o agarrão temos como “marcar” o inimigo. Como isso funciona é muito simples. Você literalmente domina um inimigo agarrado. Entre ações feitas com um personagem dominado podemos mandá-lo atacar outros de seu povo, eliminar chefes e algumas outras coisas mais estratégicas.
Missões; existem várias seguindo duas linhas de ações. Algumas se dividem na busca de artefatos e com isso recuperar a memória de Celebrimbor. E outras, em que você pode arrumar um modo de destruir os exércitos orcs. Além de uma infinita gama de histórias secundárias. Mas, ao todo são vinte missões principais. Com elas, ou lutando e coletando certos ítens no jogo, você ganha experiência e upgrades. E isso te faz obter bônus e obter skills novas. Isto é bem explicado,, no próprio jogo. Simples até.
Os cenários são um caso a parte, assim como a sonorização. Lindos lugares, para alguém que curte toda a atmosfera de destruição e devastação da proposta de Shadow. É possível notar o cuidado com as ruínas extensas, barracas inimigas, muradas, tochas, musgos nas paredes, chuva, expressões dos inimigos, sons de animais em ataques e cavernas escuras perigosas. Vendo a iluminação e todo o cuidado gráfico desse jogo é perceptível que ele foi feito com carinho. Tirando que você pode encontrar uruk-hais, wargs e trolls, todos bem caracterizados. Isso sem contar as cutscenes, um verdadeiro show à parte. E eu juro que vi o mesmo orc com nariz torto que lidera as tropas contra Minas Tirith, em uma parte do game!
Uma das coisas mais legais é que se você quiser não precisa seguir uma única linha de lidar com problemas. Quer entrar que nem louco e matar, pilhar e destruir? Você pode. Quer matar o líder dos orcs atacando de modo furtivo? Você também pode. Quer contar com parte do cenário para eliminar ou deixar fraco um oponente? É possível! Usar o medo do fogo de um líder para aterrorizá-lo? Esteja livre.
Usando o Nemesis System, eles fizeram o jogo, talvez um dos melhores no ano de sua criação. Com ele, os capitães e chefes orcs de SofM tem meio que uma vida própria, podendo de certa forma evoluir. Lembrando que cada uruk morto deixa uma patente aberta, o que causa disputa por aquela vaga. Assim os mais fracos tentam aproveitar a queda de um deles, para obter mais força entre eles. E isso continua ocorrendo independentemente do que você faz no jogo. Demonstrando, ainda mais, que as possibilidades de caminhos no jogo são de escolha de quem está com o controle.
O sistema de jogo lembra muito mais a linha de jogos Batman (Arkham Asylum, Arkham City, Arkham Origins e o recente Arkham Knight) do que Assassin’s Creed. Achei até um pecado tal comparação! Toda vez que um AC é lançado, ele já vem com muitos problemas ou bugs, o que faz chover reclamações da internet. Mas como disse antes, WB Games criou esse jogo junto da Monolith, deixando a movimentação boa e bem fácil de fazer as proezas que o jogo lhe possibilita. E quando vi que uma das envolvidas era a mesma que produziu esses lindos jogos do Cavaleiro de Gotham, me senti ótimo. Na verdade, talvez na minha humilde opinião, em certos aspectos me lembrou muito mais Skyrim.
Em resumo: é um jogo que pode ser jogado por vários motivos. Por alguém que goste do Sistema Nemesis. Alguém que goste de um bom jogo. Talvez uma boa história ou uma ótima gameplay te atraiam. Quem gosta de RPG. Ou quem sente saudade de histórias baseadas no mundo de Tolkien. De qualquer modo, isso irá lhe satisfazer.
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